Duas prisões em operação da PCDF contra o ”gato de luz”
Panificadora furtou mais de R$ 850 mil
Pela segunda vez, uma panificadora com unidades em Ceilândia e no Riacho Fundo II foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da Neoenergia Brasília por furtos de energia elétrica nas duas regiões. A proprietária da unidade em Ceilândia e o dono da unidade do Riacho Fundo II foram presos em flagrante por realizar "gatos" na rede pública de energia, utilizando-a sem a devida regularidade.
Somadas as inadimplências das duas unidades, a dívida total ultrapassa os R$ 850 mil. As operações foram conduzidas pelas Delegacias de Polícia do Riacho Fundo (29ª DP) e de Ceilândia Norte (23ª DP).
No Riacho Fundo II, a operação foi denominada Curto Circuito e o crime foi qualificado como furto qualificado. De acordo com a corporação, o estabelecimento apresentava um histórico de inadimplência e teve o corte de fornecimento de energia realizado anteriormente. Porém, para manter as atividades, a panificadora continuou operando com uma ligação clandestina da rede pública.
Em Ceilândia, também por inadimplência, o corte de energia foi realizado em 31 de maio. Os fiscais da Neoenergia notaram que, mesmo após cessarem o fornecimento, a panificadora permanecia funcionando normalmente, alertando os inspetores para a possível fraude. A partir daí, a 23ª DP foi acionada.
De acordo com o gerente da Neoenergia Brasília, Madson Melo, que falou ao Jornal de Brasília, os prejuízos causados pela prática criminosa são significativos e afetam tanto a economia local quanto a sociedade em geral. Segundo ele, a prática também pode sobrecarregar a rede elétrica, gerando interrupções no serviço de energia e afetando a qualidade para todos os consumidores. As fiscalizações têm sido reforçadas pela empresa.
Furtos de energia no DF
De acordo com a Neoenergia, foram fiscalizados 1.266 casos similares no primeiro trimestre de 2024. No mesmo período de 2023, foram 2.078 fraudes – em todo ano passado, foram 8.605 ocorrências. O prejuízo total estimado chega a R$ 20 milhões e aproximadamente 21,7 GWh de energia, o que seria suficiente para abastecer cerca de 145 mil casas em 1 mês.
Entre as Regiões Administrativas, a que possui maior número de furtos é o Plano Piloto, com 1.558 casos, seguida de Taguatinga, sendo 1.223, e Ceilândia, com 963 registros. “A nossa missão é intensificar as fiscalizações e garantir que novas operações para combater o furto de energia elétrica sejam realizadas em todo o Distrito Federal. É importante reforçar que todos nós pagamos pelo prejuízo causado por esse tipo de crime”, destacou a companhia.
SAiBA MAIS
» As denúncias podem ser feitas de forma anônima para a Neoenergia pelo telefone 116 ou para a Polícia Civil, pelo número 1 97
» As denúncias também podem ser feitas presencialmente em qualquer uma das unidades da Neoenergia Brasília ou delegacias espalhadas pelo DF;
» O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com pena de até oito anos de prisão.