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Na Lide de Brasília, o governador afirmou que os hospitais vivem uma crise devido à epidemia da deng

Saúde pública e privada estão em “colapso”, diz Ibaneis Rocha

Durante o almoço-debate do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) de Brasília, realizado ontem, o governador Ibaneis Rocha afirmou que os hospitais da rede pública e privada entraram em “c o l ap s o ” por conta dos altos casos de dengue no Distrito Federal. Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, o DF conta atualmente com 81.408 casos prováveis de dengue e no total já registrou 38 mortes pela doença.

“Os hospitais tanto da rede pública como da privada do DF já entraram em colapso. Nós estamos vivendo uma crise muito grande. Para reduzir esses impactos, nós publicamos na última quarta-feira um decreto ampliando o atendimento nas unidades básicas de saúde e nas tendas de hidratação. O momento é grave, mas nós ainda não chegamos no pico da epidemia. O que nós queremos agora é acolher a população da melhor maneira possível”, disse Ibaneis.

Reforço

O DF é a unidade da federação com o maior índice de casos de dengue. Além das mortes de dengue confirmadas, 72 outros óbitos estão sob investigação. Dentre as regiões administrativas mais atingidas com a doença estão: Ceilândia (14.718), Taguatinga (4.428), Sol Nascente/Pôr do Sol (4.352), Brazlândia (4.069) e Samambaia (3.378).

Para reforçar o atendimento na rede pública de saúde, também na quarta-feira, Ibaneis anunciou a nomeação de 741 novos profissionais de saúde, dentre eles 200 médicos temporários, 180 técnicos de enfermagem, 156 enfermeiros, 115 agentes comunitários de saúde e 90 médicos especialistas, todos efetivos.

Lide discute economia do DF

Além da presença do governador, o almoço-debate do Lide de Brasília também contou com a participação do Secretário de Economia do Distrito Federal, Ney Ferraz, para palestrar sobre o tema: “Desa - fios e Oportunidades para a economia do DF”. No encontro, o Governo do Distrito Federal (GDF) apresentou os bons resultados econômicos do DF registrados no ano de 2023.

O chefe da Economia local falou sobre o superávit de R$ 2,6 bilhões, considerado o maior da história do DF, no qual traz grandes expectativas para 2024. O cenário positivo da capital pode gerar um investimento, com recursos próprios, de mais de R$ 4 bilhões em programas e obras da capital. Com empréstimos da União e de organismos internacionais, o valor pode chegar a R$ 6 bilhões.

“Esse ano nós temos maiores perspectivas, com melhorias para podermos garantir a folha de pagamento dos servidores e os aumentos dos salários já previstos. Além de garantir a continuidade dos programas sociais e das obras de infraestrutura. Nós também queremos garantir a expansão de investimento na saúde e educação”, destacou Ferraz.

O secretário ainda citou os desafios enfrentados pelo DF no início de 2023, no qual não impediu a capital de gerar bons resultados. “O ano de 2024 começa bem diferente do ano passado, tendo em vista que no início de 2023 nós tínhamos uma previsão ruim. As mudanças nas emendas que mexeram no ICMS dos combustíveis, da energia e das comunicações geraram impactos negativos, além da instabilidade que se tinha com a mudança no Governo Federal”, disse.

Em relação a parceria com o setor empresarial, Ferraz garantiu que o objetivo é ampliar as parcerias: “Nós queremos ampliar os horizontes e a parceria com os empresários, para buscar cada vez mais projetos em conjunto. O nosso foco é a geração de emprego e renda, e os empresários são uma pedra primordial para o aquecimento da economia do DF”, finalizou.

Já o governador Ibaneis falou sobre o compromisso do GDF com as contas públicas: “Nós começamos o ano com a crise da dengue, no qual nos obrigou a fazer grandes investimentos. Mas a nossa meta é manter o caixa do DF em dia, para pagar os salários, proporcionar os reajustes e as melhorias para as categorias. As grandes obras que estamos fazendo só estão sendo possível graças à responsabilidade fiscal com a qual tocamos a cidade desde o início do mandato.

Redução do ITBI

Ao ser questionado sobre a redução de tributos, o governador disse ser a favor: “Eu sou totalmente favorável à questão de redução de tributos, principalmente em relação ao ITBI. Os estudos dos impactos da redução do ITBI estão sendo feitos, mas tudo com muita responsabilidade. Na minha opinião, quanto menos o governo cobra mais ele arrecada. Essa é a minha visão de governo”.

Para o presidente do Lide Brasília, o empresário Paulo Octávio, o crescimento da economia do DF reflete em bons olhos para o setor empresarial que deseja investir na capital. “O superávit fiscal é uma excelente notícia para nós, até porque a expectativa é maior para este ano. Em 2024, nós teremos muito mais coisas acontecendo em Brasília, mais eventos, congressos e seminários. Dessa forma, a cidade ocupa cada vez mais o seu papel institucional de capital da República. Assim, nós temos uma cidade efervescente, com uma economia aquecida, mais empregos e novas empresas investindo em Brasília. Nós queremos um setor produtivo que acredite cada vez mais no governo”, disse.

No almoço, Ney Ferraz falou sobre o superávit de R$ 2,6 bilhões, o maior da história do DF e que traz boas expectativas para 2024. O cenário positivo pode gerar um investimento, com recursos próprios, de mais de R$ 4 bilhões em programas e obras da capital.

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