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Carlos Xavier foi condenado por morte de jovem em 2004 e estava foragido

Preso ex-distrital por mandar matar adolescente

O ex-deputado Carlos Xavier, também conhecido como Adão Xavier, foi preso na última segunda-feira (19), em Brazlândia. Ele foi condenado pelo assassinato ocorrido há 20 anos, em março de 2004, contra um menor de idade, de 16 anos, que estaria tendo um caso com a esposa do parlamentar à época.

Ele foi preso por volta das 17h30 durante uma operação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que estava fazendo um bloqueio de patrulha na BR-080, uma das rodovias que delimita a cidade de Brazlândia. De acordo com as informações passadas pelos policiais do Tático Operacional Rodoviário (TOR), o veículo do deputado levantou a suspeita dos militares, que o abordaram.

Após a confirmação da identidade do ex-deputado, foi constatado o mandado de prisão em aberto pela Justiça. Segundo a corporação, no momento da abordagem e ao citar o mandado, Carlos teria confirmado que sabia da determinação do tribunal. Ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a 18ª Delegacia de Polícia em Brazlândia.

Histórico

Carlos Xavier fora condenado em 2014 a 15 anos de prisão pelo crime contra o adolescente de 16 anos por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima, isto é, quando o ataque é inesperado, surpreendendo a vítima. O rapaz foi assassinado na cidade de Recanto das Emas e o corpo foi encontrado atrás de um dos pontos de ônibus da Região Administrativa.

Na denúncia apresentada pelo Ministério Público do DF e Territórios em 2014, em Tribunal do Júri, Carlos teria contratado Eduardo Gomes da Silva, conhecido como Risadinha, de 52 anos à época, para “au - xiliar nos negócios ilícitos”. O contratado era capoeirista e bicheiro.

O crime foi praticado durante a madrugada do dia 9 de março de 2004 “sem qualquer possibilidade de defesa pela vítima, que de forma covarde foi assassinada”, conforme destaca a decisão do Tribunal do Júri em 2014. O rapaz foi morto com dois disparos de arma de fogo – um na testa e outro na nuca.

No julgamento, a ex-esposa de Carlos afirmou que nunca teve um relacionamento amoroso com o rapaz assassinado, mas sim com um amigo da vítima, à época com 18 anos. Segundo o depoimento de

uma das testemunhas, uma vizinha da família de Carlos, a ex do réu estaria frequentemente conversando com menores próximo à casa, presenteando os meninos e levando drogas e bebidas.

A mãe do adolescente, em relato à Justiça, afirmou ter ouvido ameaças ao filho e que o ex-deputado apontou o dedo para o menor dizendo “para tomar cuidado por mexer com a mulher dos outros”.

Cargo público

À época do crime, em março de 2004, Carlos era deputado distrital na Câmara Legislativa do DF (CLDF). A denúncia foi recebida pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) o réu ainda exercia o mandato. Ele foi o primeiro parlamentar cassado da história da casa legislativa da capital.

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