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Promessa de retaliação do Irã pela morte de dois líderes islamitas deixa governos em alerta. Vários

Diplomacia age para evitar guerra ampla

A ameaça iraniana de atacar Israel em resposta à mor te de dois líderes islamitas movimentou, ontem, a di plomacia mundial. O temor é que a guerra no Oriente Médio, concen trada na região de Gaza, seja am pliada com as retaliações prome tidas pelos aliados de Teerã, espe cialmente a milícia Hezbollah. Vá rios países, incluindo o Brasil, pedi ram aos cidadãos que deixassem o Líbano, sede do grupo paramilitar.

Ontem, a França aconselhou os compatriotas para deixar o territó rio libanês o mais rápido possível, assim como os Estados Unidos e o Reino Unido haviam feito anterior mente. A Arábia Saudita, a Suécia e a Jordânia tomaram medidas se melhantes. O Canadá pediu tam bém para se evitar viagens a Israel.

No dia 1º, uma nota do Itama raty informou que “a Embaixada do Brasil no Líbano está monitoran do a escalada de tensão na região”. “Se você não estiver no Líbano, não viaje para o país. A embaixada re comenda aos brasileiros residen tes ou em trânsito pelo Líbano que considerem a precaução de deixar o país, por meios próprios, até que retorne à normalidade.”

Punição

O Irã, o grupo libanês Hezbollah e movimento islamista palestino Ha mas acusaram Israel de assassinar o chefe político desse último, Is mail Haniyeh, em Teerã, na quar ta-feira. Embora Tel Aviv não te nha assumido a operação, o ata que ocorreu poucas horas depois de um bombardeio israelense matar o chefe militar do Hezbollah, Fuad Shukr, em um subúrbio de Beirute.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ameaçou Israel com “pu nição severa” e o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, falou de uma “res posta inevitável”. Ontem, o presiden te francês, Emmanuel Macron, e o rei Abdullah II da Jordânia conversa ram por telefone e destacaram a necessidade de “evitar a todo cus to uma escalada militar regional”. Em um comunicado, a Presidên cia francesa diz que os líderes “con clamaram todas as partes a abando nar a lógica da retaliação”.

Após uma videoconferência com diplomatas do grupo do G7, o ministro italiano das Relações Ex teriores, Antonio Tajani, disse que há, entre os países-membros, uma “grande preocupação com os re centes acontecimentos que amea çam provocar uma regionalização

da crise, começando pelo Líbano”. “Convidamos as partes interessa das a desistir de qualquer iniciati va que possa dificultar o caminho do diálogo e da moderação e favo recer uma nova escalada”, acres centou o ministro.

Pentágano.

Os Estados Unidos, o principal aliado de Israel, estão se prepa rando para “todas as possibilida des”, disse o vice-conselheiro de segurança nacional da Casa Bran ca, Jon Finer. “O Pentágono está mobilizando recursos significativos para a região a fim de se preparar para o que poderia ser novamen te a necessidade de defender Is rael de um ataque, ao mesmo tem po em que trabalha arduamente de forma diplomática para diminuir a escalada dessa situação, porque não acreditamos que uma guerra regional seja do interesse de nin guém neste momento.” O secretá rio de Estado norte-americano, An tony Blinken, considera uma visita ao Oriente Médio, segundo a emis sora pública israelense Kan.

O grupo iraniano Hezbollah e Israel têm protagonizado duelos de artilharia quase diários desde 8 de ou tubro, um dia após o início da guer ra em Gaza, contra o Hamas. Na noi te de sábado, a organização parami litar afirmou ter disparado dezenas de foguetes pela primeira vez contra a cidade de Beit Hillel. O Exército is raelense disse que conseguiu inter ceptar a maioria deles. Também teria lançado fogo contra alvos no Líbano. O primeiro-ministro israelense, Ben jamin Netanyahu, disse que seu país “está em um alto nível de preparação para qualquer cenário, tanto defensi vo quanto ofensivo”

Bombarbeio

Em Gaza, a Defesa Civil anun ciou que um bombardeio israelen se, ontem, matou pelo menos 30 pessoas, principalmente crianças e mulheres. As vítimas estavam em duas escolas que abrigam milhares de pessoas deslocadas pela guerra.

As forças de Israel confirma ram a ofensiva, mas disseram que o local é um centro de comando e controle do Hamas. “Do local, eles planejaram e executaram di versos atentados terroristas con tra soldados israelenses. Além dis so, no complexo foram fabricadas e armazenadas armas do Hamas”, informou um comunicado militar.

Israel acusa de maneira rei terada o Hamas de utilizar ins talações civis como centros de controle ou para esconder seus comandantes e milicianos. O mo vimento islamista palestino nega

Terrorismo

Ontem, o Magen David Adom — equivalente israelense da Cruz Vermelha — divulgou que duas pessoas morreram e uma ficou fe rida em um ataque a facadas em Holon, no subúrbio de Tel Aviv. “Foi um atentado terrorista complexo e difícil, no qual as vítimas estavam em três locais diferentes, a quase 500m umas das outras”, disse o or ganismo, em um comunicado. Se gundo a imprensa israelense, as vítimas eram um casal: uma mu lher de 66 anos e um homem de 80. Além disso, uma pessoa de 68 anos está em estado grave, e um jovem de 26 encontra-se estável.

O suspeito do suposto ataque terrorista, morador da Cisjordânia ocupada, foi rapidamente “neutra lizado” no local, informou a polícia em um comunicado. O centro mé dico Shamir, em Holon, anunciou que o criminoso chegou em estado crítico e foi declarado morto.

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