Entidade internacional citou a demanda doméstica e os parceiros comerciais como razões para o aument
FMI: Brasil terá 1,7?crescimento
O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a previsão de crescimento da economia do Brasil para 1,7% neste ano, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao número anunciado em outubro do ano passado. No mundo, o órgão também alterou a previsão para cima em 0,2 ponto percentual, subindo de 2,9% para 3,1%.
A entidade internacional citou a demanda doméstica e crescimento acima do esperado de parceiros comerciais como razões para o aumento na expectativa do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Ao mesmo tempo, o relatório Perspectiva Econômica Global do FMI manteve a estimativa de que a economia do Brasil cresceu 3,1% em 2023 e terá uma expansão de 1,9% em 2025.
Depois de surpreender no primeiro semestre de 2023 e mostrar resiliência no terceiro trimestre, analistas avaliam que a economia brasileira teria terminado 2023 rondando a estagnação em meio aos efeitos dos juros elevados, ainda que tenha se favorecido de um mercado de trabalho apertado e alívio na inflação. Desde agosto, o Banco Central reduziu a Selic de 13,75% para o atual patamar de 11,75%, e a expectativa é de mais um corte de 0,5 ponto hoje, em sua primeira decisão do ano.
O IBGE divulgará em 1º de março os dados do PIB no quarto trimestre e do acumulado de 2023. A estimativa do FMI para 2023 está em linha com os números do governo e do BC, que veem expansão de 3% no período. Já em 2024, o Ministério da Fazenda é mais otimista que o fundo internacional e espera aumento de 2,2%.
Inflação
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -considerado a inflação oficial do paísteve redução, passando de 3,86% para 3,81% este ano. A estimativa está no Boletim Focus de ontem. Para os próximos anos — 2025, 2026 e 2027 — a projeção da inflação permaneceu em 3,5%.
A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em dezembro de 2023, a inflação do país foi de 0,56%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o IPCA fechou o ano passado com alta acumulada de 4,62%.