As metas à frente da Secretaria Extraordinária de Proteção Animal, criada no último 4 de setembro, foram destacadas pelo chefe da pasta, Ricardo Villafane Gomes. Entre elas estão a ampliação das castrações, feiras de adoções e a construção de um hospital veterinário na região norte do Distrito Federal. Em entrevista aos jornalistas Adriana Bernardes e Ronayre Nunes, no programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — de ontem, o secretário também falou sobre as campanhas para os animais de rua.
Qual a importância da secretaria para as pessoas?
Foi divulgado em 2022 um estudo da antiga Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), hoje Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), que 60% dos lares da capital possuem animais de estimação. Desse número, 42% são cães, 11% gatos, 5% aves e 2% peixes. Vamos fazer programas de conscientização e informar a população. Também vamos trabalhar na castração e adoção dos bichos. Ou seja, existem algumas políticas que estão sendo implantadas e ampliadas.
Em relação aos animais em situação de rua, quais são os desafios?
O principal desafio em relação aos animais de rua é controlar o aumento populacional, e a política mais efetiva é a castração. Então, ampliar a castração dos animais de estimação para os que estão em situação de rua seria essencial para combater este problema.
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A pessoa que tem um pet pode buscar assistência junto à secretaria para fazer a castração?
Temos duas modalidades. Uma modalidade presencial, que recebemos um termo de fomento da Câmara Legislativa que trabalha conosco, em parceria com o Executivo, e esse termo nos ajuda a deslocar essas unidades pelas cidades. Temos a modalidade on-line, que pode ser agendada pelo site: agenda.df.gov.br. Toda última quarta-feira do mês abrem-se vagas para castração de gatos e gatas e, na última quinta-feira do mês, para cães e cadelas. Em relação à pessoa física, são dois animais por CPF. Para os protetores — Organizações Não Governamentais (ONGs) — há um tratamento diferenciado. Eles normalmente vão à secretaria, informam que têm uma quantidade maior de bichos, checamos isso e eles são cadastrados. A partir daí, recebem um credenciamento para ir a uma das três clínicas credenciadas que temos no DF para realizar o serviço.
E o Hospital Veterinário Público do DF (HVEP)? A população conta que, quando consegue, o atendimento é extraordinário, mas clama por vagas. Qual a situação dele hoje? Quais tipos de serviços são oferecidos?
No DF, há um hospital veterinário público que funciona em Taguatinga. Lá temos dois blocos. O bloco 1, onde se faz a triagem, contém a clínica médica e a ortopedia. E o bloco 2, que cuida da cardiologia, oncologia, dermatologia e oftalmologia. São distribuídas 150 senhas de maneira híbrida. Uma parte presencial e outra no sistema Agenda DF. O hospital veterinário faz um trabalho de referência no país. A população viu e conheceu essa política pública. Posso afirmar que é uma política pública de sucesso, que atende especialmente a população de baixa renda. O atendimento cresceu, as consultas também aumentaram.
Existem planos ou conversas sobre o DF ganhar outro hospital veterinário?
Sim. O Ibaneis Rocha (MDB) determinou que seja construída uma segunda unidade do Hospital Veterinário na região norte. Está em estudo, entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal do DF (Sema-DF) e a Secretaria de Governo e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), para destinar uma área, provavelmente em Sobradinho. Além dessa unidade fixa no Hospital de Taguatinga, também temos uma unidade móvel que fica três meses em um determinado local. Então, desde o dia 12 de agosto, está em Arapoanga, funcionando de segunda a sexta-feira. No horário de 8h às 12h, são 10 senhas para atendimentos e, normalmente, no período de 13h às 17h, é o retorno dos animais. Essa unidade móvel está localizada no Centro Educacional Dona América Guimarães. Só para deixar claro, lá temos pequenos atendimentos, como consultas, exames de sangue e os procedimentos mais simples.
Qual será a meta prioritária do senhor à frente da secretaria?
Ampliar as castrações, feiras de adoção e conscientizar os tutores sobre a adoção responsável, e o Hospital Veterinário Público na região norte.