O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal disse, em entrevista à Globo News na segunda-feira (26/8), que o momento da campanha eleitoral é como uma guerra e muitos embates podem ser gerados para alcançar a vitória, mas que assim que acaba esse período, a paz volta a reinar.
Nesse sentido, Pablo Marçal afirmou que é um crítico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que com o fim da campanha eleitoral a provocação com o petista vai acabar. "Quando acaba eleição é bandeira branca, acaba com a guerra. Eu sou crítico do governo Lula, mas vai acabar a eleição eu vou deixar ele em paz. Eu não quero que ele dê errado, eu quero que ele faça um bom governo. E quero que ele aposente, que nem o Biden, quero que ele tenha essa sensibilidade. Depois da eleição é só um idiota que continua a guerra."
Questionado sobre a relação com Bolsonaro e a falta de apoio do principal nome da direita nas eleições, Marçal afirmou que tem respeito pelo ex-presidente e disse que não faz oposição a Bolsonaro. O candidato lembrou que Jair Bolsonaro está inelegível e não pode concorrer a cargos eletivos, por isso, Marçal se coloca como um nome que representa o espectro político.
"A direita não tá rachada. Quando a gente é de verdade a gente briga, é igual família. A direita não tem um dono. [...] Quero que tenha mil Bolsonaros, mil Pablos, mil Nikolas. Só quero servir o povo de São Paulo", pontuou.
Pablo Marçal também frisou que não possui rusgas pessoais com Jair Bolsonaro. Ele afirmou que entre as pessoas próximas do ex-presidente, o único que detém questões é o vereador Carlos Bolsonaro."É só com o retardado do Carlos Bolsonaro, só tenho problema com ele", destacou o candidato. Segundo ele, o ex-presidente Bolsonaro perdeu as eleições de 2022 por causa do Carlos, mas não especificou os motivos.
Na última semana, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) disse que processaria Pablo Marçal (PRTB-SP) após ser chamado de "retardado" pelo candidato à prefeitura de São Paulo. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também afirmou pode apoiar Marçal em um eventual segundo turno nas eleições municipais, desde que a disputa seja contra o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), a quem chamou de "soldado do Lula".
Sobre a suspensão dos perfis nas redes sociais por determinação da Justiça Eleitoral, Marçal disse que respeita a decisão judicial. "Respeito a decisão do juiz porque estão lidando agora, pela primeira vez, com quem entende de rede social", afirmou.
A determinação da suspensão dos perfis ocorreu devido ao método usado pela equipe de Pablo Marçal para a propagação de vídeos com cortes nas redes sociais. A campanha da deputada federal e candidata à prefeita Tabata Amaral (PSB) afirmou que o candidato do PRTB desenvolve uma "estratégia de cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteúdos em redes sociais".