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Docentes, estudantes e técnicos-administrativos vão escolher a próxima ocupante do máximo cargo da u UnB vai às urnas para eleger a nova reitora da instituição
Monday, 19 Aug 2024 18:00 pm
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Nestas terça (20/8) e quarta-feira (21/8), alunos, professores e técnicos administrativos da Universidade de Brasília (UnB) escolherão a próxima reitora da instituição. A vencedora do pleito sucederá Márcia Abrahão, que comanda a universidade desde 2016, quando foi eleita a primeira mulher para o cargo na história da UnB.

O Correio conversou com integrantes dos três segmentos da comunidade universitária para entender quais são os grandes desafios da próxima gestão. Francelina Silvéria, 48 anos, é técnica-administrativa no Instituto de Ciências Exatas desde 2019. Para ela, a prova-de-fogo é conseguir manter os técnicos no quadro de funcionários da universidade. "Há uma rotatividade muito grande. Os técnicos ficam, geralmente, entre dois e três anos, e depois passam para outro concurso. Isso prejudica o fluxo do trabalho. O problema é o baixo salário", aponta.

Técnico na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Thiago Teixeira, 36, vê dificuldades relacionadas à burocracia. "O principal problema é a falta de celeridade para resolver alguns problemas", avalia.

Marri Mamede, 19, é estudante de jornalismo. O primeiro desafio, segundo ela, é o preço das refeições no Restaurante Universitário. "R$ 6 pode parecer barato, mas para quem precisa, todo dia, se alimentar lá, é caro. É um dos mais caros do país", observa.

O estudante de geografia, Arthur Walleron, 21, pede mais transparência em relação às verbas gastas na construção de edificações. "São obras intermináveis e que nunca vemos os resultados", reclama. Ele também menciona a falta de segurança para os cursos noturnos e a precariedade na mobilidade pelo campus, além de problemas com alagamentos na universidade.

A professora Márcia Marques, da Faculdade de Comunicação, considera a evasão estudantil como o principal problema na universidade. "O problema vem desde a pandemia e ainda não conseguimos superar. Parte da greve dos professores estava ligada à necessidade de voltarem os recursos para as bolsas dos estudantes. Sem isso, você não consegue manter um aluno da periferia que vai passar o dia inteiro aqui", analisa.

A professora também ressalta a necessidade de cuidar da saúde da comunidade universitária. "Pesquisas mostram que estamos adoecendo muito e a maior parte das queixas está relacionada à saúde mental", diz.

Ela também menciona a necessidade de melhorar a relação da universidade com a sociedade: "Os campi mudam a vida no seu entorno. As pessoas precisam entender a importância da universidade".

Declarações das candidatas: