Paris — Exatamente três anos depois, o reencon tro. O Brasil encara os EUA, hoje, pela semifinal do vôlei feminino da Olimpíada de Paris 2024. Para avançar, a Se leção Brasileira precisará superar um trauma. Em 8 de agosto de 2021, as duas equipes se enfren taram na final dos Jogos Olímpi cos de Tóquio 2021. As estaduni denses levaram a melhor. Com tranquilidade, venceram por 3 sets a 0 e celebraram o ouro na Arena Ariake. Agora, o time ver de-amarelo busca a revanche. O jogo será às 11h (de Brasília), na Arena Paris Sul 1.
“A derrota ensina muito mais que a vitória. A gente aprende muito quando dói. Tenho cer teza de que todas as derrotas, até mesmo quando eu não esta va, doeram muito em todas elas. Estamos muito focadas”, disse Thaisa, que não estava naquela decisão em Tóquio.
A capitã Gabi participou. “Não vou fazer muita análise técnica e tática. Na última edição, a gente perdeu o ouro. Energia e vontade de passar não faltam. Principal mente, pé no chão por saber que é uma equipe que já enfrentamos e nos trouxe dificuldades. É tam bém uma grande favorita ao ouro olímpico. Mas nosso time, quan do joga com agressividade, con fiança e coragem, é completa mente diferente. É o que a gente precisa buscar”, reiterou.
O Brasil ficou cinco anos — ou sete jogos — sem vencer os EUA no vôlei feminino. Entre essas partidas está a final em Tóquio. Esse tabu caiu em 17 de maio de 2024, no confronto mais recente entre as equipes. A Seleção Bra sileira venceu por 3 a 1 no Mara canãzinho, pela primeira fase da Liga das Nações (VNL).
Estar atento a todos os deta lhes, estudar bem o adversário e errar o menos possível. É com base nesses princípios que o téc nico Zé Roberto Guimarães vem preparando a Seleção Brasileira feminina de vôlei para o duelo diante dos Estados Unidos. “Jogo diferente, é uma semifinal olím pica. Quem passar tem meda lha garantida. O time americano tem grandes atacantes, ótimas levantadoras, uma boa líbero. É uma equipe que está sempre en tre as melhores do mundo”, disse o treinador.
Analisar o adversário tem sido a missão não só de Zé Ro berto, mas também da comis são técnica. O treinador fez algumas observações impor tantes sobre as principais ca racterísticas dos Estados Uni dos. “Você tem de construir o seu ponto, pois a equipe delas não dá nada de graça. Elas er ram muito pouco e são atletas que atuam no mundo inteiro, em grandes times. Precisamos ter um cuidado muito grande com tudo que temos feito até agora”, afirmou.
Mas além de ficar de olho nas rivais, Zé Roberto quer a Seleção Brasileira jogando o que sabe e destacou os pontos que devem ser bem trabalha dos. “Volume de jogo, ritmo, concentração. Precisamos co meçar com um bom saque e depois fazer essa relação blo queio e defesa, além das tran sições de jogo, que são os con tra-ataques. Mas tudo com qualidade”, disse.
A central Carol disse estar preparada para a partida. Ape sar de reconhecer a força das adversárias, ela disse que o gru po está pronto para entrar em quadra. “Temos de olhar para a gente mesmo para fazer o que for preciso e elevar o nosso ní vel. Queremos o ouro, mas pa ra isso temos de passar por essa partida primeiro.” (Com A.E.)