O ministro da Guerra de Israel, Benny Gantz, um crítico ferrenho do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, renunciou ao cargo ontem. A decisão era aguardada desde sábado (8). Gantz havia adiado um anúncio sobre seu futuro no governo israelense depois que quatro reféns foram resgatados em Gaza.
Há três semanas, Gantz, que lidera o partido centrista Unidade Nacional, havia dado 8 de junho como prazo final para que o gabinete de guerra articulasse um plano para acabar com o conflito em Gaza e garantisse um acordo para devolver alguns reféns israelenses mantidos na Faixa de Gaza pelo Hamas.
A renúncia de Gantz não representa, porém, imediatamente uma ameaça para Netanyahu, que ainda controla uma coligação majoritária no parlamento. Mas o líder israelita torna-se cada vez mais dependente dos seus aliados de extrema-direita.
Gantz, um antigo chefe militar popular, juntou-se ao governo de Netanyahu pouco depois do ataque do Hamas, em 7 de outubro, numa demonstração de unidade. A sua presença também aumentou a credibilidade de Israel junto aos parceiros internacionais. O agora ex-ministro da Guerra tem boas relações de trabalho com autoridades dos Estados Unidos.
O Papa Francisco apelou ontem à comunidade internacional para ajudar os palestinos em Gaza com urgência e para permitir a entrada de ajuda humanitária no enclave antes da próxima conferência humanitária internacional na Jordânia.
O pontífice falou durante o seu discurso semanal do Angelus na varanda do palácio apostólico, dois dias antes do início da conferência para o povo da Faixa de Gaza, em 11 de junho, em cooperação com as Nações Unidas e o Egito.