Jornal Ceilandense

A reforma dos 17 banheiros públicos do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, iniciada em outubro, está há um mês de acabar, mas os visitantes que passam pelas unidades reclamam por não ter onde fazer as necessidades ou simplesmente lavar o rosto. A solicitação é por banheiros químicos para substituir os que passam pela intervenção. Para amenizar a situação durante a reforma dos sanitários, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) disponibilizou sete equipamentos para a população que frequenta o local.

Embaixo do sol quente do verão candango, dezenas de pessoas cruzam o lugar em que costumava ficar um banheiro, perto do estacionamento 10 e que agora está envolto em tapumes com uma pilha de tijolos ao lado. Ainda é possível entrar, mas se caso tiver acorrendo a reforma, e a necessidade for outra, o jeito é passar vontade e segurar até o próximo banheiro.

Até ontem esse era o contexto a que os visitantes do parque se expunham constantemente. Marcela da Cruz Lima, que trabalha de um lado do parque e mora do outro, faz o caminho, se não correndo, com sua bicicleta e fala sobre os desafios que tem de enfrentar. “Está péssimo, não tem lugar para você ir aqui. Normalmente nos dias de segunda, quarta e sexta eu venho e volto correndo de onde eu trabalho e simplesmente não tem banheir o”, afirma. “Nenhum lugar próximo deixa você usar o banheiro, seja escola ou academia, se você não tem acesso, eles não deixam.”

Banheiros químicos

Marcelo Antunes, que faz uso do parque para correr, praticar esporte e, vez ou outra, trazer a família, fala da frustração em não poder ter acesso àquilo que julga básico. “Muitas vezes a gente quer utilizar o banheiro, o sanitário até mesmo para lavar o rosto, ainda mais em dias quentes, mas botaram os banheiros para reformar e a gente fica sem opção”, afirma. Com a limitação, o que resta a Marcelo é correr até o próximo banheiro localizado perto do estacionamento 10, tendo ele acabado de passar pelo 2. “A gente fica sem essa opção, o que atrapalha bastante.”

Para solucionar o problema, a Segundo a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) disponibilizou banheiros químicos para a população enquanto as obras estiverem acontecendo no parque. Os novos banheiros químicos estão localizados na Estação 2, entre as estações 6 e 7, 9 e 10, 11 e 12 e próximo à Estação 14. Cada banheiro químico é composto por uma cabine feminina e uma masculina. Com a chegada dos novos equipamentos, ao todo, sete estão disponíveis para uso da população.

“Muitos frequentadores fazem do parque a sua segunda casa. Nós já havíamos disponibilizado algumas unidades, agora, esse reforço chega para garantir mais comodidade e conforto à população durante o período de reforma”, destaca o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira.

A reforma dos banheiros abrange aspectos como parte elétrica, hidráulica, revestimento de parede, troca de cuba, vaso sanitário, piso, pintura, iluminação, bacia sanitária, louças e impermeabilização, visando não apenas a renovação estética, mas também ficar em conformidade com a Norma Regulamentadora de Sanitários (NBR 9050/2020)

As obras receberam um investimento inicial de R$1.205.000,00, e permanecem dentro do prazo de entrega, estimado para ir até o final de março. O Jornal de Brasília questionou a administração do parque acerca dos números de banheiros que já foram reformados e os que ainda estão passando pela reforma, mas até o fechamento desta edição não houve resposta.