Jornal Ceilandense

Um homem de 55 anos foi preso em flagrante na noite de quarta-feira por suspeita de estupro contra uma criança de sete anos no Paranoá. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por intermédio da 6ª Delegacia de Polícia, o crime foi filmado pela própria vítima com o celular da avó paterna.

Segundo a polícia, o homem teria mostrado as partes íntimas para a criança. Além disso, teria pedido para ela tirar a roupa. O caso foi denunciado à PCDF pelo pai da menina, que no momento de registrar o boletim de ocorrência apresentou o vídeo do crime. Após a análise da gravação, os policiais dirigiram-se a casa do suspeito e efetuaram a prisão do indivíduo.

Aos policiais, o pai da criança informou que o homem que cometeu o estupro é um amigo da família há cerca de 20 anos. Em depoimento, a avó da menina disse que já percebia um comportamento suspeito no homem, por isso, havia orientado a criança a relatar qualquer atitude estranha. A vítima ainda será ouvida pela polícia para confirmar se o homem já havia agido contra ela outras vezes.

Ao Jornal de Brasília, a delegada-chefe da 6ª DP, Iris Helena, afirmou que o vídeo ajudou para que a prisão fosse realizada o mais rápido possível: “Esse é um tipo de crime muito difícil de comprovação. Sendo praticado contra uma criança tão nova fica ainda mais complicado. Então a gravação ocasionou em uma ação mais efetiva da polícia, com a prisão do suspeito ainda na quarta-feira”.

Violência sexual

A delegada informou que o homem já estava sendo investigado por outro estupro de vulnerável: “Agora ele já está sendo indiciado também por um outro estupro de vulnerável cometido em 2023, contra uma menina de 13 anos. Este novo caso e as informações que nós já tínhamos resultaram na confirmação de que este homem já agiu assim por outras vezes. No caso da menina de 13 anos, ele a assediou mais de uma vez e chegou a tocar nela uma vez”.

Iris alertou que os pais devem ficar atentos aos sinais dos seus filhos. “Quando olhamos o Código Penal qualquer tipo de contato lascivo já é estupro e quando é contra uma criança a pena é majorada. Não é só a conjunção carnal que confirgura estupro, o ato de pedir para a pessoa tirar a roupa ou qualquer contato lascivo também é estupro. A violência sexual contra a criança e adolescente na grande maioria dos casos acontece no meio familiar ou de pessoas próximas, por isso, os pais devem observar o comportamento da criança e a forma como as pessoas que fazem parte do convívio dessa criança a tratam. O estupro de vulnerável é um crime difícil, mas ele deixa evidências no comportamento da criança”, completou a delegada.

De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF), no ano passado houve uma redução de 6,4% nos casos de estupro de vulnerável na capital. Mas os números ainda são altos. Em 2023, foram registradas 587 ocorrências relacionadas a esse tipo de crime. Já em 2022, foram 627 registros.