Jornal Ceilandense
O ponto forte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) a produção nacional de vacinas Produção nacional é o ponto forte
Sunday, 17 Sep 2023 18:00 pm
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O ponto forte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) a produção nacional de vacinas, tarefa que exige a colaboração de outros institutos que atuem de acordo com a proposta. O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que trabalha em pesquisa e desenvolvimento de vacinas voltadas para atender prioritariamente às demandas da saúde pública nacional, por exemplo, é um parceiro estratégico.

O Instituto Bio-Manguinhos oferece uma importante parcela das principais vacinas do PNI. Em 2021, entregou ao programa cerca de 233 milhões de doses de vacinas, buscando garantir à população brasileira acesso gratuito a imunobiológicos.

Na avaliação de Lurdinha Maia, coordenadora da assessoria clínica do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio -Manguinhos/Fiocruz, a interação entre o PNI e o Bio-Manguinhos e a Fiocruz é de extrema importância. “Os institutos terem a competência de produzir e ofertar vacinas ao Sistema Único de Saúde (SUS), é a sustentabilidade do Programa Nacional de Imunizações”, afirma. “Hoje, nós temos um quantitativo grande de vacinas que é produzido e que dá suporte ao PNI”, acrescenta a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações entre 1995 e 2005.

De acordo com Lurdinha Maia, ter Bio-Manguinhos como produtor de vacinas é essencial e necessário para o êxito do PNI. “A oferta de vacinas com qualidade, que passaram pela Anvisa, pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade e que chega a unidades distantes no Brasil é primordial. Ter um programa de imunizações de sucesso requer um instituto, como o Bio-Manguinhos, que oferta as vacinas. Isso é sustentabilidade.”

Em concordância com Lurdinha Maia, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, destaca a singularidade do Programa. “Hoje, temos 38 mil salas de vacinação no país, todos os estados têm uma central de distribuição de vacina para distribuir para os municípios, para cuidar da logística de transporte, de distribuição e de conservação dessas vacinas”, diz. Ele menciona como particularidades a produção nacional da Fiocruz e do Butantan, assim como “o sistema de informação de registros de doses aplicadas, a vigilância de efeitos adversos, a notificação dos efeitos colaterais da vacina e a autossuficiência”.

Perspectivas

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, explica que o atual governo e a pasta têm trabalhado em quatro eixos para reforçar o PNI e aumentar as coberturas nacionais de vacinação no país. Eles vão desde a comunicação, visando campanhas informativas e publicitárias que reforcem a importância da vacinação, até a reestruturação do sistema de informação.

A técnica afirma que, nos primeiros oito meses de governo, já é possível observar uma melhora no cenário das coberturas vacinais que estão sendo retomadas. “Vamos mudar essa curva e aumentar nossa cobertura vacinal. Nesse primeiro momento não vamos chegar na cobertura ideal de todas as doenças, mas já vamos mudar esse cenário, e o que a gente fez até agora já está nos sinalizando que estamos no caminho certo. Vamos terminar este ano com essa reversão. Acredito que todos os estados estão juntos nesse trabalho de recuperação das coberturas, esse trabalho conjunto entre municípios, estados e governo federal é fundamental”, afirma a secretária.

Maciel destaca ainda que a vacinação não é só uma prioridade da pasta no governo Lula. Ela cita que, no eixo de combate à desinformação, o ministério tem trabalhado na recuperação do maior símbolo do Brasil, o personagem Zé Gotinha. “Levamos o Zé Gotinha no carnaval do Rio, depois levamos ele para a parada (LGBTQIA+), então, ele está presente em todos os grandes eventos. Estamos incentivando os governos estaduais e municipais a utilizarem o Zé Gotinha em todos os eventos, mesmo que não seja de vacinação mas que ele vá. A ideia é que a gente comece a recuperar essa imagem de alegria, de vacinação como símbolo de sucesso, que é o que a gente quer mostrar e dizer que a vacinação protege e salva vidas.” (IS)

Hoje, nós temos um quantitativo grande de vacinas que é produzido e que dá suporte ao PNI”

Lurdinha Maia, coordenadora da assessoria clínica do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos